quarta-feira, 9 de maio de 2012

Baby Blues: Tristeza/Melancolia pós-parto!



Tornar-se mãe, em especial do primeiro filho, é um processo bastante complexo. Em um dia estamos lindas com nossos barrigões, fazendo enxoval e sonhando com a chegada de nosso bebezinho, imaginando um futuro lindo, cheio de alegrias. No dia seguinte, estamos fisicamente esgotadas, com um bebê chorando, o peito cheio de leite, sem conseguir dormir, e com os hormônios a flor da pele. No nascimento do meu filho conheci este sentimento tão contraditório: uma alegria intensa somada a uma tristeza profunda! Chorei todos, TODOS, os dias do primeiro mês de vida do meu filho. Mesmo rodeada das pessoas mais queridas da minha familia, sentia uma solidão enorme, como se ninguém pudesse me ajudar e eu estivesse realmente sozinha neste mundo.
Esse sentimento de tristeza e impotência é bastante comum entre as mulheres no pós-parto e os especialistas costumam chamá-lo de "baby blues". A boa notícia é que esse sentimento é passageiro: costuma ir embora em 3 ou 4 semanas. E, como não é tido como doença, o baby blues não requer a ingestão de medicamentos. Basta o apoio e a compreensão da família para ajudar a passar.
É preciso ficar atenta quando os sintomas não vão embora ou quando a mulher já apresentou quadro de depressão em algum momento da vida. Nestes casos, a simples melancolia pode indicar o início de depressão pós-parto, esta sim mais séria e que requer acompanhamento médico.
Para quem acha que a vida das mulheres é sempre mais difícil, uma pesquisa da Escola de Medicina da Universidade de Virgíniaos mostra que cerca de 10% dos pais também sofrem de depressão pós-parto. Mas a pesquisa destaca, contudo, que há correlação entre a depressão paterna e a materna.
Se você está passando por esta fase de tristeza e está se sentindo culpada (afinal, não deveria ser o seu momento mais feliz?), não se sinta culpada. Basta conversar com outras mães para ver que este sentimento é super natural e comum. Aliás, conversar com outras pessoas é uma ótima válvula de escape. Por mais que esteja triste, procure sair, e se puder, tenha um momento diário só seu, sem o bebê. E lembre-se sempre: esta é mais uma fase e, como todas as outras, vai passar. Testemunho de amiga.